sábado, 28 de agosto de 2010

Exemplos de vídeo como elemento estruturante

Eu desenvolvo desde 2006 um trabalho de autoria de vídeo na Escola Municipal Dona Arlete Magalhães e escolhi este tipo de trabalho porque percebi a importância do vídeo na formação da identidade do estudante enquanto pessoa, experiências de vida, criação de roteiros, licenças poéticas, regras de organização, design percebi meus discentes passam por tudo isto e provavelmente ocorrem outros eventos e processos dos quais eu a ainda não notei e não estou pronto para notar. Abaixo vão 2 vídeos produzidos em 2008, em breve postarei para download os trabalhos de 2006.


quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Resenha do livro "O que ´virtual?"

O filósofo francês Pierre Lévy é mestre em História da ciência e doutor em Sociologia e Ciência da Informação e Comunicação na universidade de Sorbone, na França e ocupa a cadeira de Inteligência Coletiva na Universidade de Otawa,no Canadá. Seu trabalho tem sido de grande valia na compreensão dos efeitos das tecnologias de comunicação no mundo atual, entre suas obras podemos destacar “A Revolução Contemporânea em matéria de Comunicação” , “As tecnologias da inteligência” e “Cibercultura”.
A obra “O que é virtual?” aborda os efeitos da virtualização na sociedade moderna em 9 capítulos, onde são aplicados conceitos que são demonstrados atrvés de exemlos reais. O primeiro capítulo trabalha de maneira conceitual os fenômenos da virtualização, possibilidade, desterritorialidade,o real e o atual que na verdade são conceitos presentes em toda obra, sendo assim o primeiro capítulo serve de base conceitual para compreensão da discussão dos capítulos seguintes. Logo de inicio ele desmitifica a idéia que se tem sobre o virtual como ilusão, algo oposto ao real, virtual é Segundo Lévy tudo aquilo que possui potencialidade para acontecer, se tornar concreto.
Os capítulos seguintes tratam do fenômeno da virtualização nos corpos, na economia, nas linguagens, inteligência e suas consequencias na reformulação da organização das civilizações humanas. O homem está neste processo em constante mudança: mudanças sensoriais,físicas através da exploração do próprio corpo, conhecê-lo sem mesmo abrí-lo e torná-lo melhor, fazer com que ele interaja com corpos virtuais atrvés da relidade virtual e até mesmo através dela crie situações que interfiramem aparelhos tangíveis. O corpo também sofre virtualização através da tentativa de prolongamento da vida através das trafusões que geram desterritorialização de sangue e orgãos humanos , de outros animais, através dos esportes e segundo Lévy tudo isto são formas virtuais que o homem desenvolveu para escapar de sua situação atual. Estes são exemplos utilizados pelo autor para mostrar as consequ~encias do virtual no corpo humano.
Em seguida ele aborda a virtualização do texto, que desde sua origem histórica é tido como objeto virtual e como o próprio ato da leitura já faz parte de um fenômeno de atualização que por sua vez desencadeia, ura ação de selação, corte e dobramento sobre si mesmo fazendo com ele mude. O texto é apresentado como uma construção por parte de quem o lê, está sujeito á subjetividade e se relaciona com outros textos, neste momento Levy começa a trabalhar a idéia do hipertexto, que está sempre em transfrmação,sofrendo alterações criando uma cadeia de relações complexas.
O quarto capítulo mostra como o fenômeno da virtualização afetou a ecoomia mundial onde o processo de desterritorialização influenciou áreas como o turismo causando mudanças no fluxo de pessoas no mundo, também o surgimento das transações financeiras virtuais, de bancos on line a mercados virtuais onde o dinheiro não é tangível mas movimentam grandes somas, fazendo com que o mercado mundial se modificasse no sentido das relações de compra e venda.
Os capítulos seguintes mostram como as tecnologias da comunicação afteram o aspecto cognitivo do homem, as mudanças ocorridas graças a virtualização da linguagem, seu início com a fala, em seguida sua passagem para a escrita, depois a imprensa, em todas estas situações o virtual esteve presente e mais uma vez se manifesta, agora atrvés de outra tecnologias da informação entre elas a internet, que acabam por gerar alterações na inteligência das pessoas, uma vez que ela conecta pessoas de várias partes do mundo, outrora separadas por questões georáficas agora podem interagir a trocar conhecimentos
Este processo de virtualização acaba sendo responsável pela formação do que Lévy denominou de inteligência coletiva, que seria um fenômeno antigo nascido da troca de conhecimentos entre os homens, fazendo com que todos gozem dos conhecimentos gerados pelas pessoas ao passar dos anos, inteligencia coletiva que difere das relações mantidas em algumas sociedades de insetos onde há um domíni de um líder sobre o coletivo. No caso da inteligência coletiva é possível contribir com novas descobertas, mudar de status social e ainda assim manter sua individualidade apesar de todo conhecimento estar ligado, as tecnologias de comunicação agem como catalisadores desta inteligência uma vez que aumentam o grau de interatividade entre as pessoas,intensificando trocas de conhecimento de uma maneira dinâmica e tornando-o, consequentemente coletivo.
O autor finali seu trabalho fazendo uma revisão dos seu objetivo iniciale afirma a virtualização comoum movimento a raça humana se constituiu e que até hoje continua modificando-a e que está desvinculada à idéa de ilusão sendo na verdade o processo no qual as pessoas compartilham uma realidade.
Concluido, “O que é virtual” demosntra o processo atual de virtualização da humanidade, onde nós estamos sempre aprendendo, nos transformando e modificando o que está ao nosso redor, é uma leitura que nos faz refletir sobre o conceito do termo “virtual” e ao mesmo tempo nos leva a questionar sobre as rápidas mudanças que acontecem na nossa sociedade e no meu caso deixou uma pergunta ecoando na minha mente:”O que não é virtual?”